quarta-feira, 29 de abril de 2009



O último bar  - Matanza


O último bar quando fecha de manhã
Só me lembra que eu não tenho aonde ir
Bourbon tenho demais, mas que diferença faz
Se você não está aqui pra dividir
Nada hoje em dia é como costumava ser
Do jeito que era divertido há um tempo atrás
Varava noite adentro pelos bares por aí
Enchendo a cara e perturbando a paz
Não é nenhuma novidade
Ficar uma semana sem dormir
Em cada esquina tem um bar
Em cada copo uma vontade de sumir de vez daqui 
Mas se eu voltei pra essa cidade
Foi atrás de muito tempo que eu perdi
E cada vez que passa um Cadillac
Eu fico procurando se é você a dirigir
Toda noite tem sempre alguém pra me dizer
Que mulher que vai querer te ver assimPleno festival, mulherada, carnaval
E eu aqui com uma garrafa já no fim

Não é só conversa de mulherzinha...

Se o sono me falta é porque não é dormir que eu quero. Pelo menos não assim.
Falta alguém pra me esquentar nesse começo precipitado de inverno. Parece que meu colchão de solteiro duplicou de tamanho.
Agora eu quero carinho, não um estranho me apertando numa festa qualquer.
Eu quero um abraço apertado de afeto, um afago no cabelo.
Eu quero pernas entrelaçadas e braços dados ao acordar.
Eu quero parar de sonhar acordada e dormir abraçada com alguém de verdade.
Eu quero o coração cheio, tão grande quanto esse quarto e tão claro quanto a minha insônia.
Eu quero mãos dadas e pés no chão, pra que eu não me perca nas minhas verdades relativas.
Eu não quero mais amar o amor sem saber quem ele é.
Hoje, pela segunda vez na vida, fui ao cinema sozinha. Algo muito normal, eu concordo. Mas no meu caso isso pode ser chamado de, no mínimo, um sintoma. Um sintoma de que estou completamente pinel, atordoada e confusa. É claro que assistir "Divã", numa segunda-feira pós choque de realidade não é um estímulo muito carinhoso ao meu estado emocional, mas rendeu algumas reflexões. =)

No divã

Eu quero pedir aposentadoria. Pode ser por invalidez mesmo, não me importo.
O que mais poderia alegar? Cansaço?
Não acreditariam em mim.
Eu não desistiria de tentar encontrar. Então atesto logo que meu caso é de invalidez, não sou hábil para esse papel.
Cansei de querer e de adotar a postura "não estou esperando" pra que finalmente o amor viesse.
É lógico que o amor não acontece pra todo mundo! É óbvio que não!
Então por que querer ser uma maldita de uma metade? Por que querer outra pessoa pra ser completa?
Que coisa mais cafona, mais manjada, mais fraca!
Quem foi que inventou tamanha sacanagem? Quem foi que colocou na minha cabeça que eu prefiro me apaixonar toda semana por uma pessoa diferente do que nunca sentir nada? Isso é um absurdo!
Se o sentimento é meu e é isso que mais me dá graça, pra que querer alguém?
É quase como querer comer morango fora da época... trabalhoso e caro.
O discurso do "dessa vez é diferente" não me convenceu hoje. Apesar de eu insistir em sentir assim.
Existe um claro descompasso entre o que sinto e o que vivo, e isso não tem charme nenhum...

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Só para começar bem...

Todo amor, por menos amor que seja, quando acaba dá vontade de chorar.
Por mais meio amor que seja, por mais quase amor que seja.
Quando acaba dá vontade de chorar.
Meia boca que seja, breve que seja.
Quando acaba, ah.... dá sim vontade de chorar!
São lágrimas de aborto, sais de decepção.
Começar tudo de novo?
Um amor novo?
Outro menos amor, outro meio amor, outro quase amor.
Tudo pelo frio na barriga, o suor nas mãos, o aperto na garganta, a dor no peito?
Assim até parece bobagem... vontade de chorar assim.
Mas é que todo amor, por menos amor que seja, quando acaba dá vontade de chorar.