quarta-feira, 29 de abril de 2009

Hoje, pela segunda vez na vida, fui ao cinema sozinha. Algo muito normal, eu concordo. Mas no meu caso isso pode ser chamado de, no mínimo, um sintoma. Um sintoma de que estou completamente pinel, atordoada e confusa. É claro que assistir "Divã", numa segunda-feira pós choque de realidade não é um estímulo muito carinhoso ao meu estado emocional, mas rendeu algumas reflexões. =)

No divã

Eu quero pedir aposentadoria. Pode ser por invalidez mesmo, não me importo.
O que mais poderia alegar? Cansaço?
Não acreditariam em mim.
Eu não desistiria de tentar encontrar. Então atesto logo que meu caso é de invalidez, não sou hábil para esse papel.
Cansei de querer e de adotar a postura "não estou esperando" pra que finalmente o amor viesse.
É lógico que o amor não acontece pra todo mundo! É óbvio que não!
Então por que querer ser uma maldita de uma metade? Por que querer outra pessoa pra ser completa?
Que coisa mais cafona, mais manjada, mais fraca!
Quem foi que inventou tamanha sacanagem? Quem foi que colocou na minha cabeça que eu prefiro me apaixonar toda semana por uma pessoa diferente do que nunca sentir nada? Isso é um absurdo!
Se o sentimento é meu e é isso que mais me dá graça, pra que querer alguém?
É quase como querer comer morango fora da época... trabalhoso e caro.
O discurso do "dessa vez é diferente" não me convenceu hoje. Apesar de eu insistir em sentir assim.
Existe um claro descompasso entre o que sinto e o que vivo, e isso não tem charme nenhum...

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