Ontem eu comecei a me dar conta de que meu prazo já passou, de que o tempo que eu tinha como aliado já não está mais disponível nem pra mim nem pra mais ninguém.
Um mês e meio era tanto tempo... e agora já foi a Romaria, já foi a minha caminhada, já foi todo o tempo!
Hoje eu senti de verdade que a despedida é inevitável (como se eu não soubesse disso há tempos).
Hoje eu me lembrei dos dias terríveis, eu chorei pelos dias terríveis e por todos os dias sensacionais que eu não vivi aqui.
Eu quis esse lugar por razões muito específicas, por certezas muito falsas e por um descontrole muito recentemente adquirido.
Eu venho tentando, e eu até tenho conseguido certo sucesso, mas eu ainda tenho vontade de gritar pro mundo um "pelo amor de Deus me arrumem um engov pra vida, um sal de frutas potente o suficiente pra digerir tudo o que eu não consigo engolir".
Eu tô na prorrogação da prorrogação... e nunca é você quando o meu telefone toca, quando a janelinha sobe, quando o carteiro chega.... nunca é, não foi e eu sei que não vai ser. E aí eu tenho meu mundo certo, meus amores seguros, meus amigos fiéis e quilômetros e mais quilômetros de estrada pra correr pra longe de tudo isso.
Mas antes de sair eu ainda tenho a minha despedida... e eu não contava com ela.
E eu não sei como me despedir do que não sai de mim.
Eu tô me despedindo das noites de Bauru, dos dias em Jataí, dos sonhos caóticos, dos meus planos, da chegada na rodoviária, das caminhadas que fiz sozinha, das músicas que dancei, das broncas que levei, da espera, das 14 ruas pra cima, das expectativas, da vontade...
O que fica? Só as MINHAS coisas, só as MINHAS indignações, MEU espanto, MEU carinho e o que ME resta do orgulho que tenho de tudo o que vivi até agora. Sim, é tudo de mim, e é tudo de mim pq nunca tive tão pouco de alguém... e nunca quis tão pouco de alguém que não fosse capaz de me surpreender com o mínimo do que desejei.
Na hora de dizer tchau eu sei que vou estar dizendo tchau pra uma parede. E quer saber? Eu espero que seja melhor assim.
terça-feira, 18 de agosto de 2009
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Mais uma vez a parede aparece...Se ele fosse tão bom quanto uma parede pode ser, já era meio caminho andado!
ResponderExcluirE ainda bem que na sua vida, tá tudo em primeira pessoa, pq aí você se lembra de dizer bem assim: "a MINHA auto-estima, o MEU orgulho, a MINHA felicidade, a MINHA dignidade", pq talvez você esteja precisando se lembrar do significado real dessa palavras na sua vida, bem!
Jamais se despeça de mim, coisinha!
ResponderExcluirSabe duma coisa: vou criar um blog pra contar as últimas histórias do episódio Bauru das NOSSAS vidas.