Ter um paquera diário é coisa complicada. Paquerar no ponto de ônibus então... que martírio! Considerando que o bate horário é sete e meia da manhã e minha cara está sempre muito mais amassada que a do resto do mundo, eu diria que me envolvi em uma tarefinha bem ingrata.
Tudo bem que o encontro do quarteirão de cima com o quarteirão de baixo na esquina me rende uma alegria, mas que situação embaraçosa!
E aí, justo quando o meu cabelo está mais desgrenhado que o de costume, quando estou usando meus óculos de grau e aquela blusa azul mais sem graça, ele resolve me dar bom bia. Por que eu não escolhi aquela vermelha, a do decote que ajuda tudo?
Sei lá se ele prestou atenção em mais alguma coisa, não olhei depois pra verificar. Aliás, olhei sim! Olhei tanto que reparei que ele estava usando meias grossas com sapato social... como eu sei ser implicante! Será que não bastava toda a altura do menino?
Mas é assim mesmo, a gente tem uma capacidade e tanto de melar até as possibilidades mais improváveis. A gente? Não... to falando de mim.
Vou pular a parte das meias e do cabelo precisando urgentemente de corte (a-há, achei mais um defeitinho) e vou me ater ao “bom dia”.
Três dias seguidos de “bom dia” pra mim e pra todos vocês. =)
quarta-feira, 28 de abril de 2010
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Cantoria
Fidelity - Regina Spektor
I never loved nobody fully
Always one foot on the ground
And by protecting my heart truly
I got lost in the sounds
I hear in my mind
All these voices
I hear in my mind all these words
I hear in my mind all this music
And it breaks my heart
And it breaks my heart
And it breaks my heart
It breaks my heart
And suppose I never ever met you
Suppose we never fell in love
Suppose I never ever let you kiss me so sweet and so soft
Suppose I never ever saw you
Suppose we never ever called
Suppose I kept on singing love songs just to brake my own fall
Just to brake my fall
Just to brake my fall
Just to brake my fall
Brake my fall
All my friends say that of course its gonna get better
Gonna get better
Better better better better
Better better better
I never loved nobody fully
Always one foot on the ground
And by protecting my heart truly
I got lost in the sounds
I hear in my mind
All these voices
I hear in my mind all these words
I hear in my mind all this music
And it breaks my heart
And it breaks my heart
And it breaks my heart
It breaks my heart
And suppose I never ever met you
Suppose we never fell in love
Suppose I never ever let you kiss me so sweet and so soft
Suppose I never ever saw you
Suppose we never ever called
Suppose I kept on singing love songs just to brake my own fall
Just to brake my fall
Just to brake my fall
Just to brake my fall
Brake my fall
All my friends say that of course its gonna get better
Gonna get better
Better better better better
Better better better
quinta-feira, 22 de abril de 2010
Pronto! Agora que arranquei o meu esmalte com os dentes, quebrei minhas unhas e estou engasgada com mais coisa do que com as suas habituais mancadas, posso sair correndo, queimar minhas lembranças e rasgar sua camisa?
Agora que já nem dói tanto, posso parar de sentir enjôo no estômago a cada novo romance que você engata? Posso parar? Consigo parar?
Agora que eu tenho certeza de que você é meu maior sentimento, meu melhor momento e minha euforia mais sincera, posso parar? Como parar?
Se a cada nova tentativa só me lembro da sua graça, se meu coração só dispara quando você me encosta, ou me olha, ou me chama... Como parar?
Eu odeio você... como eu queria poder gritar “EU ODEIO VOCÊ”... agora mesmo, pra todo mundo escutar.
Como parar? Me fala... me diga como parar!
Se não é você, eu não deixo subir, eu não deixo ficar. Se não é o seu cheiro que fica na minha blusa, eu não faço questão de lembrar. Se não é você ...
Me diga, como parar?
Agora que já nem dói tanto, posso parar de sentir enjôo no estômago a cada novo romance que você engata? Posso parar? Consigo parar?
Agora que eu tenho certeza de que você é meu maior sentimento, meu melhor momento e minha euforia mais sincera, posso parar? Como parar?
Se a cada nova tentativa só me lembro da sua graça, se meu coração só dispara quando você me encosta, ou me olha, ou me chama... Como parar?
Eu odeio você... como eu queria poder gritar “EU ODEIO VOCÊ”... agora mesmo, pra todo mundo escutar.
Como parar? Me fala... me diga como parar!
Se não é você, eu não deixo subir, eu não deixo ficar. Se não é o seu cheiro que fica na minha blusa, eu não faço questão de lembrar. Se não é você ...
Me diga, como parar?
sexta-feira, 16 de abril de 2010
Tão Pouco
De repente redescobria o amor que sentira ao ver estampada na foto aquela expressão tão familiar de “não estou nem aí”. Via na foto porque na vida não tinha mais nada. E, como se alguma vez tivesse, sobrevivia a doses homeopáticas de atenção.
Doses tão econômicas que sequer davam pro gasto. Então, como quem não vive sem, as poupava. Gastar vivendo o pouco que recebia não mantinha esse coração, mas alimentava uma lembrança desnutrida e à mercê da inanição.
Lembrar era a única opção, porque não ter de forma alguma nunca esteve entre as possibilidades aceitáveis.
Parecia martírio, tortura ou autoflagelação. E aí diziam que o amor, e seus braços e vertentes menos nobres, às vezes mutilam. Assim, aceitava os sorrisos compartilhados apenas nas fotografias sem que as fotografasse ou fosse a razão daquela face iluminada. Via com olhos de mero espectador, mas não via indiferente. E doía não ver esses álbuns como quem via um calendário de paisagens qualquer. Via nas expressões meticulosamente observadas por tanto tempo, a explicação de tudo o que queria ter. Via e entendia cada gesto, cada sobrancelha arqueada ou lábio mordiscado, cada mão no bolso.
E eram apenas resquícios, gotas de atenção dissolvidas em milhares de litros de indiferença e nenhuma compaixão.
Dizendo tão pouco, recebendo tão pouco, acostumando-se com tão pouco, se apegava ao "tão" como se houvesse algo e o "pouco" fosse só uma questão de azar das circunstâncias
segunda-feira, 5 de abril de 2010
Mentirinhas uma pinóia! O amor anda é sem moral.
Às vezes, pra dar conta de superar uma decepção, a gente acredita em algumas mentiras. Então, pra quem ainda alimenta (e sabe que alimenta) um monte de mentirinhas brancas, eu sugiro que pule pra um post menos cruel.
Pois bem, a primeira falácia é aquela que diz que o tempo vai passar e as coisas vão melhorar. As coisas não melhoram porcaria nenhuma. Pode até ser que a gente esqueça, estrategicamente, as piores partes. E pode até ser que alguma outra coisa ou pessoa apareça pra nos distrair. Mas a verdade é que se deu errado, o tempo pode passar o quanto quiser que não vai fazer a coisa em si menos errada.
Também não adiantam muito todos os discursos de autovalorização ou as tentativas incansáveis dos amigos de fazer com que a gente perceba e entenda o quão especiais e inteligentes e bonitas e merecedoras de um amor incondicional nós somos. Meu bem, a única coisa que vai contar, e doer por muito tempo, é o fato inegável de que “ele” não liga a mínima pra sua lista imensa de qualidades. E também não interessa se a Halle Berry, que é a Halle Berry, já passou por isso. Nessas horas não faz diferença nenhuma que o mundo inteiro já tenha sofrido, se humilhado, esperado e chorado por causa um pé na bunda... a única dor que verdadeiramente importa é a que se sente (e olha que eu costumo ser bastante sensível à dor do outro). As duplas sertanejas não fazem sucesso por acaso, há milhares de mal amados perambulando por aí, alcoolizados e choramingosos. Mas não, nessas horas todas as músicas parecem feitas especialmente pra sua própria dor, pra sua burrice, pra sua entrega desmedida, e a gente vai achar que, mesmo tocando na seqüência das 10 mais pedidas do dia, aquele “Você não sabe um por cento da dor e da saudade que você deixou. Sai da minha vida pelo amor de Deus, para de zombar dos sentimentos meus” é só pra machucar a sua ferida, ou a minha... que seja.
Quando a gente se apaixona (ou se qualquer outra coisa nesse sentido), também não interessa muito o seu nível de bom senso e esperteza. A mulher mais letrada e avisada desse mundo corre o risco de se desarmar. E nessa hora eu me pergunto, e eu te pergunto, por que é que a gente ainda insiste em correr esse risco? Vamos ser realistas... quantos casais felizes a gente conhece? Quantas das suas paixões se tornaram relacionamentos bacanas? É sério... o mundo inteiro só fala de amor, eu só escrevo sobre isso, se eu trocar as estações do rádio eu só vou ouvir falar disso... mas e daí? As pessoas continuam sozinhas, as coisas continuam dando errado, o infeliz por quem eu me apaixonei continua não gostando de mim. A diversão, o lado gostoso do descontrole cardíaco, a expectativa do primeiro beijo... isso vale toda a tristeza que o desprezo traz depois? Aonde esse risco tem nos levado?
Aí eu penso que se eu fosse burra ou romântica demais as coisas seriam mais fáceis. A falta de razões mínimas pra que eu sentisse tanta coisa dói tanto quando a falta de interesse do outro. Às vezes, é pior ser tão “preparada”, é quase como se a parte mais errada de toda a história não fosse o sentimento desperdiçado, mas a burrice de gostar de alguém que hora nenhuma se enquadrou no esperado. Ou seja, além de correr o risco, ainda corri o risco errado!! Teoricamente, as mulheres espertas não caem em lábias baratas. E quem é que regula a medida dessas coisas?
Aliás, as medidas falharam todas. Tenho vontade de voar no pescoço de cada um que colaborou para a instauração de todas essas táticas ridículas de conquista. A pessoa não gosta, e pronto! E nada vai fazer com que você aceite que é parte do livre arbítrio do outro não te querer. E é lógico que a gente não aceita... só uma barata aceitaria! Normal é querer chacoalhar a pessoa, querer saber a razão de não ser considerada nem uma possibilidade sequer... E, como se as respostas fossem adiantar alguma coisa ou machucar menos, a gente se mata engolindo todas essas vontades porque alguém disse que o certo é ignorar. Ignorar uma ova! Se o outro não gosta e não quer, não tem sumidinha que dê conta do serviço, não tem gelada que sirva de estímulo. Ou então, se dá certo com todo o resto do mundo, o problema deve mesmo ser só meu...
Olha, também é mentira essa história de que bonito é “lutar” pelo amor. Taí outra bobagem das grandes. Tudo bem que depende das estratégias, mas como nesse caso o que contam são as que eu possuo e atesto inválidas, vou logo dizendo que não vale a pena. Homens, por mais especiais que sejam, sempre que tiverem uma oportunidade vão pisar, vão se colocar em uma posição superior. E não há nada mais verdadeiro do que a história de que quando um cara quer, ele vai atrás (aliás, acho que essa foi a única colaboração que o cinema nos deu). Me acredite, ele sabe o suficiente para tentar com você, não precisa ir correndo revelar seus preciosos sentimentos. E se ele não tenta, não é porque quer te preservar e não te incluir no hall das mulheres com ele fica só por ficar, ele não tenta porque não quer mesmo! Então, neste ponto, eis que surge um dos mais cruéis momentos: e se ele quisesse só por esporte? Só por ficar? A gente se contenta com “alguma coisa” ou engole seco mais uma vez porque a autovalorização, e a razão e a inteligência não permitem que sigamos esse caminho? Ou a gente fica porque vale pelo momento? A gente fica porque ele pode perceber que é bom e mudar de idéia? Como a gente fica indefeso quando gosta de alguém...
É mesmo uma pena o que as paixões fazem com o mundo... e comigo. Então, faz todo o sentido optar pelas mentirinhas, acreditar piamente que o tempo vai passar e fazer com que as dores de hoje não sejam grande coisa. E mesmo que o tempo seja relativo e, nesse caso, esteja passando mais lento do que nunca, fazer de conta que ele resolve é um amparo. Mas acho que é como quase tudo na vida... tem graça aquilo em que a gente acredita. Deve ser por isso que o “amor” anda meio sem moral comigo.
Assinar:
Comentários (Atom)