Não adianta negar que a minha vontade de escrever aqui aumenta exponencialmente quando há lamentações. Parei porque em certa medida não quero expor tudo o que me acontece. Muito menos com quem mais acontece.
O problema é que anda faltando ouvinte e a terapia é só uma vez por semana. E, além do mais, seria um grande desperdício de dinheiro gastar toda a paciência da nobre psicóloga com reclamações de um ser tão pequeno.
É horrível, eu sei que é, mas acho que o que sinto é mesmo ódio. Tento controlar, ser o mais educada possível, mas me descontrolo tanto com certos problemas (aparentemente até pequenos) que a justificativa para isso só pode ser o ódio.
É um sentimento tão ruim e tão forte que me faz ter vontade de assinar a carta de demissão e carimbar o passaporte. E não é exagero, tenho vontade de sumir na hora mesmo.
Eu me sinto desrespeitada e parece que ninguém mais se sente assim. Eu acho que ele é a pessoa mais ignorante e grossa do mundo e todo mundo parece simplesmente acostumado e compreensivo. Eu acho que falta competência, criatividade e colaboração e parece que as outras pessoas não fazem muita questão disso.
Então acho que é mesmo natural a minha vontade de sumir a cada desacordo... quem não concorda sou eu. Quem não serve sou eu. Se todo mundo acha natural o que eu acho absurdo, como posso querer que mude?
É complicado não achar em casa as coisas que eu gostaria de ter. E se essas coisas estiverem longe demais ou nem existirem do jeito que eu penso ser o mais correto?
Talvez eu devesse mudar de profissão, trabalhar em um lugar sem portas pra bater, sem egos pra ignorar, sem ter que arrumar ferraduras para revidar coices.
Queria estar rodeada de gente admirável. De mais gente assim. O ruim aqui é tão ruim que quase anula a minha capacidade de achar coisas boas. E é a primeira vez que não consigo ver o melhor, ser otimista e esperançosa.
Acho que está saindo tudo muito caro para mim.
segunda-feira, 11 de julho de 2011
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