Quando as palavras faltam, eu insisto e escrevo.
Quando escrevo, faço de conta que não faz a falta que faz.
E então está tudo ali, naquelas palavras que só dizem pra eu escutar.
Quando falta amor e coragem, eu corro pras palavras.
E se falta rumo e obstinação, eu corro pras palavras.
Gasto em textos as solas dos meus sapatos.
Escrevo, crio e espero. Viajo ao lado de lados que não são meus.
Desfaço laços e reforço nós que, por vezes, me apertam o peito e a garganta.
Eu sei do que é feito meu sossego. E sei que, nessa hora, isso parece prematuro.
E é com as palavras que eu me despenteio. E é quando elas faltam que eu me desespero.
Falta de tudo um pouco nessa vida.
Só não me pode faltar os meios de mostrar que eu sinto falta.
Então, eu escrevo.
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
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