sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Há tempos eu perdi a incontrolável mania de escrever tudo enquanto. Agora só escrevo quando estou triste ou incomodada demais. Meu prazer virou lamentação, que trágico.
Não é mais para tocar ninguém ou para me fazer entender... agora é só porque cansei de falar ou perdi a graça mesmo.
E hoje, quando era muito mais fácil culpar o meu descontrole hormonal, eu não resisti e vim reclamar de um jeito vão. Bom, tão vão quanto qualquer outra tentativa foi até agora.
Não sei se entrei pro clube dos rabugentos e insatisfeitos ou se só estou enlouquecida demais. Nunca pensei que eu pudesse ser tão chata, assim como nunca pensei que poderia querer tanto outra vez.
E é uma contradição absurda temer tanto a queda e me jogar cada vez mais. E é um absurdo me colocar em situações que eu já jurei em cenas cinematográficas nunca mais viver.
Então, enquanto escrevo e vou pensando que existem boas intenções, vou me dando conta de que se não é demais, não serve. E que se eu já pedi tanto, não devia mais continuar sem. Tem coisa que chega a ser humilhante!
Eu sou um esforço constante pra não mudar de ideia, eu me esforço todo dia pra não achar tudo um tédio e querer mudar pro Pará! Eu tô inquieta e não quero fazer par com a insatisfação. Mas se eu dou muito, eu não consigo esperar o mínimo, eu quero tudo.

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