Os avisos estão em toda parte. São milhares de letreiros brilhantes escancarando em minha frente o perigo que se segue. As advertências são tantas que quase não dá para saber se é mesmo a minha voz que ouço, ou se é uma espécie de guia astral que tenta em vão me proteger.
Parece que tem uma corda me puxando pelo umbigo. Parece que do meu peito sai um ima desnorteado. E na minha cabeça se costura uma colcha de retalhos que nem dobrada em mil conseguiria acalmar o frio que sinto.
Insisto no improvável rezando aos céus que me façam entender essa fixação. E não sei mais qual é o esconderijo preferido da minha tolice, se é a ilusão amarga e quente de estar seguindo meu caminho ou se é a cruel e realista noção do meu desequilíbrio.
Não há prazer em simplesmente transgredir o óbvio, tampouco em tirar água de pedra. E não há evidências de que tamanho esforço e desgaste valeriam a pena em qualquer espaço desse tempo arbitrário que passa em meus relógios.
Não há nada além de uma inocente e triste tentativa de costurar retalhos de brim e seda. Elos de uma existência tão virtual quanto esta página.
quinta-feira, 4 de junho de 2009
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