segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
O último de 2009
Sei que quando essa ficha cair eu vou cair um tanto junto. Por enquanto só me passam pensamentos breves: "será que fechei as janelas direito? Será que toda essa chuva não está inundando meu quarto e derrubando as janelas da cozinha?". E aí dá uma dorzinha aguda quando me respondo que não tem mais nada meu naquele apartamento, que as janelas devem ter sido consertadas na vistoria e que eu não vou voltar pra lá quando tudo aqui começar a ficar muito demais.
De tudo o que me exigiu providências, desmanchar o 124C foi o mais difícil. Por todo o tempo eu odiei aquela cortina de renda encardida e ignorei o buraco que fiz na parede do meu quarto. E agora me falta até esses detalhes tão dispensáveis.
Sempre gostei muito mais do lugar em que estou agora, mas eu gostava ainda mais quando esse lugar era onde eu sabia estar. É como se eu não soubesse mais estar aqui.
Eu ando querendo encontrar pessoas que nem sequer deviam viver na mesma cidade que eu. Eu passo o tempo todo olhando para a porta, mesmo sabendo que não vai fazer diferença nenhuma se entrar.
E esse movimento todo parece uma tentativa confusa de arrancar pedaços que não deviam fazer parte e grudar de volta os que foram caindo pelo caminho.
Eu leio incrédula papéis e cartas que nem parecem escritas por mim. Conversas que eu nunca tive. Será que fui mesmo eu? Eu olho as fotos e não vejo estampado naquele rosto todo o sentimento que eu vivi. Será que trocaram as pessoas?
E eu me coloco à frente e não escuto nenhuma das palavras que costumavam me guiar por risadas e revoltas. E aí é como se não estivesse mais em mim. Mas está.
E quando tudo isso não parece ter importância nenhuma diante de tanta vida pra ajeitar, eu me pego choramingando ao som de Meet by the water.
Parece que teve pouco ano pra tanta coisa. Dessa vez o tempo me atropelou com mais força do que o habitual. E no fim desse ano eu tenho todo o direito de acordar meio melancólica (dramááática)! Tudo convergiu em uma grande despedida. E quem é que não engasga na hora de dizer adeus?
Então, que tenhamos sabedoria suficiente para deixar guardado nesse ano que acaba tudo o que não merece um lugar em 2010. E que todas as boas coisas não sejam esquecidas, nem distanciadas, por mais que as estradas insistam em não cooperar.
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Pra todas as coisas, eu escrevo
Quando escrevo, faço de conta que não faz a falta que faz.
E então está tudo ali, naquelas palavras que só dizem pra eu escutar.
Quando falta amor e coragem, eu corro pras palavras.
E se falta rumo e obstinação, eu corro pras palavras.
Gasto em textos as solas dos meus sapatos.
Escrevo, crio e espero. Viajo ao lado de lados que não são meus.
Desfaço laços e reforço nós que, por vezes, me apertam o peito e a garganta.
Eu sei do que é feito meu sossego. E sei que, nessa hora, isso parece prematuro.
E é com as palavras que eu me despenteio. E é quando elas faltam que eu me desespero.
Falta de tudo um pouco nessa vida.
Só não me pode faltar os meios de mostrar que eu sinto falta.
Então, eu escrevo.
terça-feira, 24 de novembro de 2009
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Cheia de Sentimentalismos
Meu pensamento vai, viaja veloz e me leva na bagagem sem nem me perguntar se essa era a minha vontade.
Parece saber que a vontade era essa mesmo. Uma angústia doída que só passa quando você está presente.
Meu pensamento me leva até você. Aceita a minha vontade e ignora as nossas limitações... aquelas que você me impõe e eu não aceito. Aquelas que eu me imponho e entrego à transgressão.
domingo, 15 de novembro de 2009
Talvez a gente funcione. Talvez, em algum momento desse tempo meio doido que passa em nossos relógios, a gente aceite um reencontro.
Por enquanto eu deixo assim ficar, bem longe de mim.
Para acalmar o coração...
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Um minuto de silêncio pela crueldade
Well, you're outta luck
Yeah let's rewind, let's turn back time
To when you couldn't get it up
You know what I shoulda ended then
That's when I shoulda shown you the door
As if that weren't enough to deal with
You became premature
I'm sorry if you feel that I'm being kinda mental
But you left me in such a state
Now I'm gonna do to you what you did to me
Gonna reciprocate
I never wanted it to end up this way
You've only got yourself to blame
I'm gonna tell the world you're rubbish in bed now
And that you're small in the game
You're not big, you're not clever
No, you ain't all big, brother
Not big whatsoever
You're not big, you're not clever
No, you ain't all big, brother
Not big whatsoever
terça-feira, 10 de novembro de 2009
domingo, 8 de novembro de 2009
Ofende meu bom gosto, meu bom senso.
Ofende minha inteligência, minha intuição.
Ofende meus valores e minhas utopias.
Ofende a minha decência e o meu amor próprio.
Vivendo você me ofende. Me ofenderia ainda que vegetasse.
Você me ofende com as suas palavras e mais ainda com o seu silêncio.
Me ofende com seus desejos pra pessoa errada.
Você me ofende profundamente.
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
Descanse em paz!
E isso nem é estranho, eu gostava de te ter assim.
O problema é que agora não cabe mais, o espaço ficou pequeno pra tanta concessão.
Você não vale a pena. E nem adianta me perguntar o que é que mudou.
Não foi nada que você fez, se fosse por isso eu nunca teria começado. Você é mestre em fazer as coisas erradas e não é de hoje. Sabíamos disso, e eu não corri pra longe porque não quis.
Agora quem mudou fui eu.
Até o meu despeito parece menos revoltado.
Que diferença faz? Nada recupera o tempo que se perdeu.
Nem você aqui brigando com outras caras e insistindo pra ficar.
"Não, não acorde, por favor!", você me disse.
É melhor que eu fique assim, bem acordada.
E que você não venha mais uma vez procurar seu lugar entre os meus lençóis.
Sei que não te faltam opções, então procure por uma menos complicada que eu.
E vamos deixar que o Lulu Santos cante por mim... "não imagine que te quero mal, apenas não te quero mais".
Pronto! Podemos soltar os foguetes agora! Quero fogos de artifício tão bonitos quanto os de Copacabana!
=D
sábado, 24 de outubro de 2009
Pelo o que acaba. Ó a efemeridade da minha vida amorosa!
Ela vai mudar,
Vai gostar de coisas que ele nunca imaginou
Vai ficar feliz de ver que ele também mudou
Pelo jeito não descarta uma nova paixão
Mas espera que ele ligue a qualquer hora
Para conversar
E perguntar se é tarde pra ligar
Dizer que pensou nela
Estava com saudade
Mesmo sem ter esquecido que
É sempre amor, mesmo que acabe
Com ela aonde quer que esteja
É sempre amor, mesmo que mude
É sempre amor, mesmo que alguém esqueça o que passou
Ele vai mudar,
Escolher um jeito novo de dizer "alô"
Vai ter medo de que um dia ela vá mudar
Que aprenda a esquecer sua velha paixão
Mas evita ir até o telefone
Para conversar
Pois é muito tarde pra ligar
Tem pensado nela
Estava com saudade
Mesmo sem ter esquecido que
É sempre amor, mesmo que acabe
Com ele aonde quer que esteja
É sempre amor, mesmo que mude
É sempre amor, mesmo que alguém esqueça o que passou
Para conversar
Nunca é muito tarde pra ligar
Ele pensa nela
Ela tem saudade
Mesmo sem ter esquecido que
É sempre amor, mesmo que acabe
Com ele aonde quer que esteja
É sempre amor, mesmo que mude
É sempre amor, mesmo que alguém esqueça o que passou
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
eu me entrego aos delírios românticos da madrugada que intelectualmente nada produz
parece que gosto de me esquecer de todos os motivos contrários
prefiro pensar nas coisas boas...
Mas pra quê?
Não vai mudar nada... não vai te transformar num bom homem só pq é essa a minha vontade.
E todos os outros dias quando eu te achava feio, pra onde foram?
E toda a certeza de que vc não era pro meu bico?
E a raiva que eu sinto por vc sempre subestimar a minha inteligência, fica onde?
Se juntos, onde eu esconderia todas essas coisas?
Será só um querer?
Por que querer seus olhos se eles sempre serão seus?
Amêndoas que só vêem o que não têm.
E os meus não fazem diferente.... só buscam por você
e de vc nada têm.
Mas ah, os seus defeitos... meu poço de tolerância
que seque, que cicatrize, que não mais me afogue.
no seu cabelo bagunçado e no seu perfume barato
acho uma graça sua voz de menino e seu sotaque todo arrastado
suas pernas finas e tortas parecem de brinquedo
vem brincar comigo?
pq eu adoro ver a sua cara de ironia
adoro te xingar enquanto vc destila suas bobagens
vem brigar comigo?
pq eu me sinto tão forte ao seu lado
me deixa ser o contrário?
eu adoro beijar sua boca e te apertar os quadris
vem beijar comigo?
nao faz mal seus óculos velhos
nem seu desajeito com tanta altura
nem suas músicas e a pouca literatura
vem escrever comigo?
eu adoro quando voce me irrita
e arranca um sorriso da minha boca no minuto seguinte
vem me dar motivos?
pq eu sou tão viva quando vc está aqui
e tão triste quando vc vai embora...
já disse que vivo namorando suas sobrancelhas?
seu nariz pequeno...?
é assim com cada pedaço
me deixa juntar tudo aqui?
mas se de tudo eu tiver que escolher, me deixa ver seus olhos?
eu prometo que não faço mau uso
pq se de tudo eu puder ter
quero só que eles me vejam assim
encantada e cansada
triste e com saudade
dos seus olhos de amendoas, de suas pernas finas,
do seu cabelo despenteado, do seu perfume barato,
do seu beijo, do seu abraço,
da sua companhia.
sábado, 3 de outubro de 2009
Se não é você eu não deixo subir. Percebeu?
Vê como essas lágrimas caem feito idiotas dos meus olhos?
Entende que é só por causa das canecas cheias de entorpecente?
Sabe que é porque eu não te tenho de jeito algum e sinto saudade?
Pq não eu? Pq não vc?
Eu me irrito com o fato de vc nunca estar sozinho... eu não preciso estar sozinha, eu não estou.
Mas que diferença faz?
Eu quero é vc!
Eu já encontrei melhores... mas nessa noite, nesse dia que insiste em amanhecer antes de eu dormir... eu só quero o pouco que poderia vir de vc...
Ridículo, né? Eu tbm acho. Mas eu quero mesmo assim.
Eu quero por uma hora, por meia diária. Eu quero por minha causa... pq eu sinto vontade!
É só por isso.
Eu não te amo, eu não quero namorar com vc, eu não sou apaixonada por vc, eu não tenho intenção nenhuma... eu só quero vc agora.
Eu e minhas bobagens....
Vc só precisa querer... mais nada. Se vc tivesse seguido a minha cartilha não teria sido tanto.
E eu só te quero assim pq eu não sei perder.
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
A Razão do Meu Astral
Quem me dirá o nome dessa história
Quem me dirá como foi pra você
Se tudo pra mim revive na memória
Se foi só ilusão meu coração não saberá
É triste ter que admitir que ainda te desejo aqui e fecho os olhos pra sentir o cheiro do seu cabelo em mim
E foi a razão do meu astral agora me mata, me faz mal
Mas veja que pra mim morrer nao é o fim
O fim é viver, vendo você sem mim
Se foi só ilusão meu coração não saberá
É triste ter que admitir que ainda te desejo aqui e fecho os olhos pra sentir o cheiro do seu cabelo em mim
E foi a razão do meu astral agora me mata, me faz mal
Mas veja que pra mim morrer nao é o fim
O fim é viver, vendo você sem mim
terça-feira, 29 de setembro de 2009
domingo, 27 de setembro de 2009
Tudo o que eu escrevi até hoje começou no final que eu queria me impor (observou?).
Há um tempo eu sinto que não há mais nada de mim que possa ser dado, não há nada que possa ser feito.
Antes eu me agarrava aos seus bons detalhes pra justificar minhas bobagens. Agora eu me agarro aos meus bons e reais motivos pra não querer mais.
Eu vou olhar e não vou ver, e isso ainda dá uma pontinha de saudade.
Mas é um começo... um começo necessário nessa hora cheia de finais.
terça-feira, 22 de setembro de 2009
Aos cuidados de S.J
É que essa é mais ou menos aquela coisa do "cada um sabe da dor que tem". Não, eu não guardo as dores que senti naquele tempo, e foram muitas. Nunca foi tão difícil ser eu quanto foi naqueles dias.
Mas eu guardo tanta coisa que é quase injusto.
Eu realmente não soube amar. E como saberia? Aquele não era o lugar, nem aquele o par, nem o meu tempo.
Sim, eu quis o vão do portão, as músicas no violão, as cartas e os beijos muitas vezes depois. Eu reli nossas coisas uma dúzia de vezes. A última foi há um mês... aquelas palavras ainda carregadas com tanto cheiro me pareceram um consolo do amigo que eu nunca quis perder. Me pareceram a resposta do "por que não deu certo?". Parece que já sabia que um dia chegaria a minha hora, a minha vez de querer arrancar o coração do peito e apagar da memória os desejos. Sabia que chegaria a vez de "me entregar pra quem eu não significava nada".
Seriam três anos, e eu já dizia que não era pra me prometer voltar.
São sete anos, o mesmo tanto dos nossos problemas, e eu tinha razão. Não volte.
Eu cresci muito com a nossa história, eu sem você seria outra pessoa... e tenha pra si o mérito e o demérito disso.
E é estranho pensar que já foi tanto tempo desde a última despedida. Não dá pra sentir tão longe no tempo e no espaço alguém que sempre vai estar dentro.
Vai ser sempre meu carinho imenso, o amigo mais querido, meu melhor 20 de setembro.
domingo, 20 de setembro de 2009
Perturbações....
...it's strange what desire will make foolish people do
i never dreamed that i'd meet somebody like you
i never dreamed that i knew somebody like you
no, i don't wanna fall in love
no, i don't wanna fall in love
...with you...with you ....
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Me cante uma canção do desamor?
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Breves observações curitibanas
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
Vamos! Vamos!
i don't ever make up stuff about you and me that would be considered insanity
i don't ever drive by your house to see if you're in
i don't even have an opinion on that tramp that you're still seeing
i don't know your timetable
i don't know your face off by heart
but i must admit that there's a part that of me that still thinks
that we might get on
we should get on
we might get on"
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Quase uma tpm
terça-feira, 1 de setembro de 2009
Nada demais....
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
A saga continua
I wanna get in trouble
I wanna start a fight...
I'm still a rock star
I got my rock moves
And I don't need you
And guess what
I'm having more fun
And now that we're done
I'm gonna show you tonight
I'm alright, I'm just fine
And you're a tool
So so what?"
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Nossas peripécias
Não faz mais já perdoei demais
Não faz meu coração de bobo
Já nem sei se devo relevar
Não sei se posso me arriscar
Cansei de por a mão no fogo
O que já passei
O que já chorei
Você não sabe um por cento da dor
E da saudade que você deixou
Sai da minha vida pelo amor de Deus
Para de zombar dos sentimentos meus
Diga de uma vez o último adeus
Sai do meu caminho que eu quero viver
Para de voltar pra me enlouquecer
Antes que eu perca de vez a cabeça
E me entregue a você"
Produto de uns chopps a mais....
terça-feira, 18 de agosto de 2009
É tudo uma grande despedida
Um mês e meio era tanto tempo... e agora já foi a Romaria, já foi a minha caminhada, já foi todo o tempo!
Hoje eu senti de verdade que a despedida é inevitável (como se eu não soubesse disso há tempos).
Hoje eu me lembrei dos dias terríveis, eu chorei pelos dias terríveis e por todos os dias sensacionais que eu não vivi aqui.
Eu quis esse lugar por razões muito específicas, por certezas muito falsas e por um descontrole muito recentemente adquirido.
Eu venho tentando, e eu até tenho conseguido certo sucesso, mas eu ainda tenho vontade de gritar pro mundo um "pelo amor de Deus me arrumem um engov pra vida, um sal de frutas potente o suficiente pra digerir tudo o que eu não consigo engolir".
Eu tô na prorrogação da prorrogação... e nunca é você quando o meu telefone toca, quando a janelinha sobe, quando o carteiro chega.... nunca é, não foi e eu sei que não vai ser. E aí eu tenho meu mundo certo, meus amores seguros, meus amigos fiéis e quilômetros e mais quilômetros de estrada pra correr pra longe de tudo isso.
Mas antes de sair eu ainda tenho a minha despedida... e eu não contava com ela.
E eu não sei como me despedir do que não sai de mim.
Eu tô me despedindo das noites de Bauru, dos dias em Jataí, dos sonhos caóticos, dos meus planos, da chegada na rodoviária, das caminhadas que fiz sozinha, das músicas que dancei, das broncas que levei, da espera, das 14 ruas pra cima, das expectativas, da vontade...
O que fica? Só as MINHAS coisas, só as MINHAS indignações, MEU espanto, MEU carinho e o que ME resta do orgulho que tenho de tudo o que vivi até agora. Sim, é tudo de mim, e é tudo de mim pq nunca tive tão pouco de alguém... e nunca quis tão pouco de alguém que não fosse capaz de me surpreender com o mínimo do que desejei.
Na hora de dizer tchau eu sei que vou estar dizendo tchau pra uma parede. E quer saber? Eu espero que seja melhor assim.
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Fica combinado
Eu tenho que ir embora,
não sei quando vou voltar
Fica combinado
deixa um lugar pra saudade
e tenta não se apaixonar"
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Cartas na mesa
quinta-feira, 2 de julho de 2009
sábado, 27 de junho de 2009
O que faltou dizer
quarta-feira, 24 de junho de 2009
sábado, 20 de junho de 2009
Retiro
Tropeços dessa noite
sexta-feira, 19 de junho de 2009
Memória
Amar o perdido
deixa confundido
este coração.
Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.
As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão
Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão.
Carlos Drummond de Andrade
terça-feira, 16 de junho de 2009
...
E eu não sei quais são as minhas intenções
Elas estão falando em outra língua
Lá no fundo, eu não sou tão dura quanto pareço
Mas eu não deixarei você saber
Até estar certo, eu manterei minha distância
E você deveria ir.
Eu não sou tão forte quanto pareço,
mas não deixarei que você saiba.
sexta-feira, 12 de junho de 2009
Segundo round. Briga no play.
Na melhor das hipóteses eu não teria saído com o pé quebrado. E nessa hora desse dia tão X eu queria, de verdade, que estar manca tivesse sido a pior das consequências.
Às vezes, quando olho pra trás e relembro coisas que vivi, muitas delas parecem que simplesmente não aconteceram comigo. Hoje eu desejo com uma intensidade descomunal sentir que tudo o que aconteceu no play não tenha acontecido comigo.
E não é só uma sensação rasa de que não valeu a pena, de que não aprendi nada com os sujeitos das orações. Foi sim pouca coisa além de verbos, mas eu aprendi muito... reconheço isso apesar de continuar achando que os meios realmente não valeram a pena.
Não era essa a minha intenção, mas eu me magoei. E ter que me encarar e me pedir desculpas não é nada fácil.
sábado, 6 de junho de 2009
Limitadamente na minha
quinta-feira, 4 de junho de 2009
A costura
Parece que tem uma corda me puxando pelo umbigo. Parece que do meu peito sai um ima desnorteado. E na minha cabeça se costura uma colcha de retalhos que nem dobrada em mil conseguiria acalmar o frio que sinto.
Insisto no improvável rezando aos céus que me façam entender essa fixação. E não sei mais qual é o esconderijo preferido da minha tolice, se é a ilusão amarga e quente de estar seguindo meu caminho ou se é a cruel e realista noção do meu desequilíbrio.
Não há prazer em simplesmente transgredir o óbvio, tampouco em tirar água de pedra. E não há evidências de que tamanho esforço e desgaste valeriam a pena em qualquer espaço desse tempo arbitrário que passa em meus relógios.
Não há nada além de uma inocente e triste tentativa de costurar retalhos de brim e seda. Elos de uma existência tão virtual quanto esta página.
quarta-feira, 27 de maio de 2009
De volta com a palavra
quinta-feira, 21 de maio de 2009
Música de Algum Lugar
quinta-feira, 14 de maio de 2009
O que eu teria a dizer sobre os homens?
No começo eles são os gatinhos, os fofos. E para saber se eles estão a fim é só responder ao teste da revista. Se puxa seu cabelo, quebra sua barbie favorita e te chama de chorona é porque gosta de você e tem vergonha de dizer. Um tempo depois eles não são nem gatinhos nem fofos. Os testes esclarecedores dão lugar às listas de milhares de posições sexuais maravilhosas, e a sessão de recadinhos de amor cede espaço para a coluna “sou ácida por causa de um cafajeste”. Se ele bate é questão para Maria da Penha, mas se te puxa o cabelo é porque entende de pegada. A única coisa que não muda é a incompetência para lidar com o interesse no sexo feminino.
Depois dizem que a culpa é da mente complicada das mulheres. Imagina só que absurdo! Aliás, dizer que é impossível entender as mulheres é a constatação mais óbvia do descaramento masculino. A culpa pelo comportamento idiota que eles frequentemente têm não é deles, é das mulheres que nunca estão satisfeitas.
Os homens são habilidosos com poucas coisas... trocar lâmpadas, fazer baliza, acender churrasqueira e transferir a responsabilidade de uma mancada. É batata! Os homens sempre vão dar um jeitinho de colocar a culpa nas mulheres. Bobos! Se não gostam de discutir a relação, o jeito mais rápido de acabar com ela é assumir o erro, pedir desculpas e dizer que vai se esforçar para não pisar na bola outra vez. É difícil?
Difícil é escutar “vamo pro canto”, “ô bundão”, “vem ni mim gostosa” e fazer cara de paisagem. E o pior é que ainda fica uma dúvida: essas cantadas são só diarréia verbal ou eles realmente acreditam que vão conseguir alguma coisa com você assim? Melhor treinar a cara de paisagem... e esquecer o decote.
É frustrante perceber que mesmo aquele deus grego que te leva para jantar, paga sua conta e elogia seu cabelo estrategicamente hidratado, em algum momento vai estragar a boa impressão. Eles não acompanham nossas necessidades, não se baseiam no bom senso e sempre vão olhar para a mais gostosa, mesmo que você seja mais bonita e mais simpática do que ele merece.
Pior ainda é descobrir que as revistinhas de teste não servem mais, que os preciosos resultados que te levaram a ter coragem de entregar a sua primeira cartinha de amor eram furados. Somos nós mesmas, mulheres decepcionadas, de cabelos puxados e letradas em posições tântricas, que dizemos às pobres mocinhas que é normal os meninos arrancarem as cabeças de suas bonecas. Estágio de vida difícil esse!
Na maioria das vezes o único caminho é apelar para a arte da não perplexidade. Não se espantar com nada é uma tentativa árdua, é verdade. Ainda mais quando existe o fato de que queremos entender o que se passa. Perda de tempo, né? Sempre acabamos com a resposta de que os homens são todos muito previsíveis: as cantadas, os não telefonemas no dia seguinte, a cerveja e o futebol de domingo, o descaso com a nossa inteligência.
Mas, quando parece que a coisa já desandou de vez, surge ainda uma questão maior: por que é que nos interessam tanto? Será que quando nos apaixonamos simplesmente nos esquecemos da previsibilidade masculina ou apenas evitamos o sofrimento por antecedência? Vai entender...
segunda-feira, 11 de maio de 2009
A menina dos passos sem rumo
quarta-feira, 29 de abril de 2009

O último bar quando fecha de manhã
Só me lembra que eu não tenho aonde ir
Bourbon tenho demais, mas que diferença faz
Se você não está aqui pra dividir
Nada hoje em dia é como costumava ser
Do jeito que era divertido há um tempo atrás
Varava noite adentro pelos bares por aí
Enchendo a cara e perturbando a paz
Não é nenhuma novidade
Ficar uma semana sem dormir
Em cada esquina tem um bar
Em cada copo uma vontade de sumir de vez daqui
Mas se eu voltei pra essa cidade
Foi atrás de muito tempo que eu perdi
E cada vez que passa um Cadillac
Eu fico procurando se é você a dirigir
Toda noite tem sempre alguém pra me dizer
Que mulher que vai querer te ver assimPleno festival, mulherada, carnaval
E eu aqui com uma garrafa já no fim
Não é só conversa de mulherzinha...
segunda-feira, 27 de abril de 2009
Só para começar bem...
Por mais meio amor que seja, por mais quase amor que seja.
Quando acaba dá vontade de chorar.
Meia boca que seja, breve que seja.
Quando acaba, ah.... dá sim vontade de chorar!
São lágrimas de aborto, sais de decepção.
Começar tudo de novo?
Um amor novo?
Outro menos amor, outro meio amor, outro quase amor.
Tudo pelo frio na barriga, o suor nas mãos, o aperto na garganta, a dor no peito?
Assim até parece bobagem... vontade de chorar assim.
Mas é que todo amor, por menos amor que seja, quando acaba dá vontade de chorar.